A resposta sumária a essa pergunta seria: porque sou membro comungante de uma Igreja Presbiteriana . Ou , falando um pouco mais : porque a pregação e o sistema de doutrinas da Igreja Presbiteriana satisfazem anseios da minha alma .
Efetivamente, na Igreja Presbiteriana , sinto-me edificado para a vida presente e tranqüilo quanto à vida futura . Nela aprendo bem a conviver com os homens na comunidade terrena . Aprendo, ainda , a disciplinar meus pensamentos e minhas ações a tal ponto , que deixo de ser um elemento nocivo à sociedade em que vivo como cidadão .
Essas, as respostas verdadeiras, na mais resumida expressão .
Mas, bastará isso para todo mundo ? Isso convencerá a quem me perguntar , se estou em caminho certo ? Pode convencer . Sem esclarecer .
O crescimento e o aprimoramento da fé levam o crente às fronteiras do mistério e da revelação . Esses dois elementos são da economia do próprio Deus . Deus os usa conforme o Seu santo propósito . Os homens que se dedicaram ao estudo de tais assuntos e penetraram fundo nesta área , tornaramse gigantes do cristianismo . Tais foram Santo Agostinho, João Calvino, João Knox, João Wesley, entre outros . Eles foram condutores de homens aos pés de Jesus Cristo . Foram inspiradores de heróis missionários em terras estrangeiras como Ashbel G. Simonton, John Paton, Sadu Sundar Singh, Toyohiko Kágawa, Stanley Jones e muitos outros .
É pensando na necessidade de crescermos no conhecimento da razão daquilo em que cremos, que achei por bem tentar responder à pergunta : “Por que sou Presbiteriano ?”
E, agora , “Por que sou Presbiteriano ?"
I – POR SUAS MARCAS
E difícil deixar de reconhecer a influência que essas marcas têm exercido. Elas são diversas, mas , as três seguintes são as de maior Significado :
1ª — O sacerdócio universal dos crentes ,
2ª ― A paridade presbiterial, e
3ª — A unidade da igreja .
SACERDÓCIO UNIVERSAL
Da Criação até Moisés o sacerdote era escolhido do meio do povo . De Moisés até Jesus Cristo ficou sendo obrigação de uma família , a dos Levitas (Nm 3.6,7). Entre os levitas havia uma hierarquia , uma ordem e subordinação . Assim ainda é até hoje entre os judeus . O sacerdote era um antetipo de Cristo , isto é, um modelo do que Cristo viria a ser mais tarde , uma idéia d'Ele .
Os sacerdotes , segundo a Lei de Moisés, eram ·homens consagrados para ensinar e pregar ao povo . Por analogia , todos os que crêem em Cristo também o são . Cada crente é um sacerdote da Ordem de Melquizédeque, dedicado à obra da reconciliação do homem com Deus onde ele estiver. Essa é a doutrina do Sacerdócio Universal dos Crentes .
Vem daí o acentuado zelo pela evangelização , tão do gosto dos presbiterianos .
PARIDADE PRESBITERAL
A igreja é administrada por duas espécies de presbíteros : o docente e o regente . O lugar de docente pode ser ocupado por designação de um Concílio em certos casos . Nos demais , todos são ocupados por eleição em assembléia dos fiéis.
Hã duas Ordens vitalícias na Igreja Presbiterianas a dos Presbíteros e a dos Diáconos . Segundo determinam as Escrituras (At 6.1-6) ao diácono competem às questões temporais da comunidade . Ao presbítero : “o ministério da oração e da palavra ", em geral .
A bem da ordem (l Co 6.1-6) o ofício de presbítero foi dividido em duas categorias : a de docência e a de regência . O ministro é presbítero docente ; o presbítero , propriamente dito , é regente , é o leigo . Ao ministro compete, entre outros deveres espirituais , ensinar oficiar sacramentos e invocar a bênção apostólica. São funções privativas dele.
J. N. Ogilvie, um grande ministro escocês, diz: “O Presbiterianismo, mais do que qualquer outro sistema existente, tem conservado as formas principais da igreja Cristã Primitiva ”.
UNIDADE DA IGREJA
O exercício de fé e dos direitos individuais é o mesmo na parte como no todo . Isso , em cada país e na Aliança Mundial, em que pesem diferenças sem maior profundidade .
A unidade da Igreja Presbiteriana é bíblica e histórica . Unidade de Fé e de Ordem . A consagração feita num local tem validade mundial. E o modelo da Igreja Cristã Primitiva .
A assembléia dos fiéis, reunida em cada igreja local , tem todos os poderes fundamentais ; sujeitos , evidentemente , a reexame pelos concílios , na melhor forma de direito . No núcleo local , a congregação , a Igreja , tem assento cada membro regular , sem distinção , e em dia com os seus compromissos para com a entidade .
Continua....
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