segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SE VOCÊ NÃO "VIGIAR E ORAR"

Por John Owen
  
Use, por favor, sua imaginação e crie estas quatro cenas.

Primeira cena

Imagine que solicitaram a você fazer uma visitar ao hospital. Os preparativos foram feitos de tal maneira que você só visite aqueles que estão morrendo. Algumas pessoas estão tão magras que quase é possível contar os seus ossos. Não há cor em suas peles; resta-lhes muito pouca força e mal conseguem falar sussurrando. Outros estão, obviamente, sofrendo grandes dores, mesmo tendo recebido doses adequadas de analgésicos. Ainda outros sofrem de doenças muito desagradáveis. Indo de cama em cama você pergunta aos pacientes como foi que chegaram à situação em que se encontram. Em cada caso, eles contam como foi o começo de sua condição e como foi que contraíram as doenças de que padecem agora, e que os estão matando. Uma visita como essa teria, por certo, o impacto de levar você a tentar evitar as coisas que conduziram essas pessoas a um leito de morte.

Segunda cena

Imagine uma visita a um país no qual ainda vigora a pena de morte. Durante sua visita você é levado ao pavilhão no qual estão os criminosos condenados à morte. Ao encontrá-los você lhes faz a mesma pergunta: o que fez com que chegassem a este fim tão triste. Imagine que cada prisioneiro lhe conte exatamente a mesma história. Uma visita como essa levaria você a evitar que as mesmas coisas sucedessem com você.

Terceira cena

Procure imaginar um ajuntamento de cristãos que compartilhem uma coisa em comum; todos entraram em tentação e saíram dela muito mal. Todos ao seu redor são almas pobres, miseráveis, feridas espiritualmente. Uma está ferida por um pecado, outra por outro; uma caiu na impureza da carne, outra na do espírito. Mais uma vez, é seu dever perguntar a cada uma dessas pessoas como foi que chegaram à sua condição atual. Todas elas concordam em dizer: "Ah! Nós entramos em tentação, fomos vítimas das astutas ciladas do diabo, e esta é a consequência"!

Quarta cena

Imagine, se lhe for possível, uma visita aos condenados ao inferno, ver as pobres almas presas nas cadeias tenebrosas e ouvir seus gritos. Ouça o que essas pobres almas dizem. O que estão dizendo? Não seria verdade que estão amaldi¬çoando seus tentadores e as tentações nas quais entraram e que as trouxeram a este lugar amaldiçoado? A realidade de tais sofrimentos e sua angústia desafia a imaginação mas não altera a realidade. Poderia você pensar nestas coisas e não levar mais a sério o perigo de entrar na tentação?

Salomão nos fala dos simples que seguem a adúltera e não sabem que: "...ali estão os mortos" (Prov. 9:18), "...a sua casa é caminho para a sepultura" (Prov. 7:27), e "...os seus pés descem à morte" (Prov. 5:5). Esta é a razão pela qual são tão facilmente atraídos e seduzidos (Prov. 7:21,22). O mesmo se dá com todos os tipos de tentação. Quão poucas pessoas sabem que a tentação conduz à morte. E possível que se as pessoas cressem nisso e considerassem seriamente para onde a tentação as conduz, elas passariam a ser mais cuidadosas e vigilantes. Infelizmente, muitas pessoas se recusam a crer nisso. Pensam que podem brincar com a tentação e que tudo terminará bem. Essas pessoas ignoram ou se esquecem da advertência: "Tomará alguém fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem? ...andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés?" (Prov. 6:27,28). A resposta é um ressonante "NÃO"! As pessoas não saem da tentação sem feridas, queimaduras e cicatrizes.

Este mundo está cheio de tentações. Está, também, cheio de cenas trágicas de muitos que foram levados à ruína pela tentação. E, portanto, o caminho da sabedoria ouvir o chama-mento do Salvador para vigiarmos e orarmos. Este chamado é vital. Considere estes pensamentos finais. Talvez você também possa ser persuadido a vigiar e orar.

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